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Mistérios Submersos: Como Arqueólogos Determinam a Idade de Objetos e Identificam Embarcações Naufragadas

Um resumo, apenas para conhecimento geral, sobre o tema que muitos me perguntam. Esse é uma assunto mais profundo, e que tem uma ampla resposta, e caberia aqui um texto mais detalhado, mas para esclarecer de forma geral, descrevo essa breve explicação.

 

O fundo do mar guarda mais do que silêncio e sedimentos. Enterrados nas profundezas, descansam relíquias de civilizações antigas, navios que jamais completaram sua rota e objetos que contam histórias de outro tempo.


Mas, diante de um cenário onde tudo está corroído pelo sal, coberto por areia ou tomado por vida marinha, como os arqueólogos conseguem decifrar a idade de um objeto submerso? E mais: como sabem a qual naufrágio ou embarcação ele pertence?


A resposta está na união entre tecnologia, história e um olhar treinado para detalhes que o tempo quase apagou.

 

1. Determinação da Idade de Objetos Submersos


a) Datação por Carbono-14 (C-14)

Quando o objeto contém material orgânico (como madeira, restos humanos, tecidos ou cordas), os arqueólogos usam o método do carbono-14, que mede a quantidade de isótopos radioativos ainda presentes. Isso permite estimar há quantos anos aquele material deixou de viver, o que dá uma margem confiável sobre sua idade.

 

b) Estilo e Técnicas de Construção

Objetos como ânforas, cerâmicas ou fragmentos de mobiliário naval revelam muito por sua forma, acabamento e estilo artístico.


A arqueologia subaquática compara esses detalhes com registros já catalogados em museus e arquivos históricos, o que permite uma datação aproximada baseada na época em que tais técnicas eram comuns.

 

c) Camadas de Sedimento e Contexto Geológico

A profundidade e a camada geológica onde o objeto foi encontrado também indicam sua antiguidade. Camadas mais profundas geralmente correspondem a períodos mais antigos, e os sedimentos acumulados ajudam a estimar o tempo de submersão.

 

d) Incrustações Biológicas e Corrosão

A análise de organismos marinhos que aderiram ao objeto (como cracas, corais e moluscos) também fornece pistas.


O crescimento dessas formas de vida segue padrões relativamente regulares, o que ajuda a estimar o tempo de exposição submersa. Além disso, o nível de oxidação ou degradação de metais pode revelar quanto tempo um artefato passou em contato com a água salgada.

 

2. Como Identificar um Naufrágio ou Embarcação Específica


Encontrar um navio naufragado é como tropeçar numa cápsula do tempo. Mas como saber qual embarcação é aquela, em meio a tantos registros náuticos da história?

 


a) Registro de Carga e Objetos a Bordo

Caixas, moedas, canhões, instrumentos de navegação e objetos pessoais muitas vezes possuem inscrições, brasões, nomes de portos, carimbos ou marcas do fabricante, que ajudam a ligar o achado a uma embarcação específica.

 


b) Estudo de Arquivos Navais e Diários de Bordo

Os arqueólogos cruzam os dados encontrados com registros históricos, manifestos de carga, mapas de rotas e relatos de naufrágios.


Muitas vezes, há documentação detalhada de navios que sumiram em determinada região, com a descrição do que levavam e de como eram construídos.

 


c) Características da Construção Naval

A técnica de construção do casco, o tipo de madeira utilizada, o design do leme ou da quilha, e a estrutura dos porões e mastros são elementos que variam com o tempo e com o país de origem.


Com isso, é possível identificar se a embarcação era, por exemplo, um galeão espanhol do século XVI ou uma fragata britânica do século XIX.

 


d) Tecnologia Subaquática: Sonar, LIDAR e Fotogrametria

Com o uso de sonares de varredura lateral, drones subaquáticos e câmeras de alta precisão, os arqueólogos criam imagens 3D do naufrágio.


Isso ajuda a analisar sua arquitetura e o contexto do local de maneira não invasiva. Um recurso moderno é a fotogrametria, que transforma uma série de fotos tiradas sob a água em modelos digitais detalhados.

 

Exemplo Real: O Navio de Anticítera (Grécia)


Um dos casos mais emblemáticos da arqueologia subaquática é o do naufrágio de Anticítera, descoberto em 1901.


Entre os destroços gregos, mergulhadores encontraram um mecanismo misterioso hoje conhecido como o primeiro computador analógico da história.


Através das estátuas, moedas e o estilo do navio, os arqueólogos identificaram que se tratava de uma embarcação romana do século I a.C., com origem provavelmente ligada à Ásia Menor.

 

 Mistérios que o Mar Revela aos Poucos


A arqueologia subaquática é um trabalho de paciência, sensibilidade e alta tecnologia. Cada objeto retirado do fundo do mar passa por meses (ou anos) de análises em laboratórios, e cada naufrágio pode levar décadas até ser identificado com precisão.


Mas é justamente esse mistério e a possibilidade de reescrever trechos esquecidos da história que fascina tanto estudiosos quanto curiosos. Afinal, cada navio naufragado e cada ânfora encrustada de corais podem conter segredos há séculos esquecidos, à espera de olhos atentos para finalmente contar sua história.

 

Pesquisas e temas como esse, não apenas como esse do qual há detalhes, é preciso estudar, pesquisar muito, não adianta abrir 10 sites, e fazer um resumo deles, até por que muitos sites hoje dia, apenas replicam as informações, então na verdade, muitas vezes os 10 sites que se leu, é apenas um, por que os outros apenas replicaram o artigo, sem se aprofundar.


E alguns temas mais complexos, vão além de sites, precisa se estudado em livros (e também não é apenas um ou dois livros), são vários, são somas de temas que levam a conhecer temas como esse.


A Arqueologia em si é uma tema que necessita de muito estudo, formada por vários assuntos, a arqueologia submersa é ainda mais segmentada e precisa se entender mais temas.


Mas esse é um tema para um outro artigo. Espero de forma resumida ter esclarecido sobre essa questão, o tema deste post.

1 comentário

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Carlos Reinaldo
18 de jul.
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Muito legal

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