Hospital Pedro II: Do Sanatório Imperial às Lendas de Fantasmas no Coração do Recife
- Thais Riotto
- 7 de jul.
- 2 min de leitura

História e arquitetura
Fundação e estilo francês
O hospital foi inaugurado em março de 1861, resultando de um projeto iniciado em 1847, pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira.
Inspirado no modelo francês de Jacques‑René Tenon, adotou o estilo pavilhonar, com pavilhões agrupados em torno de um pátio central favorecendo ventilação, iluminação e separação de fluxos masculino/feminino .
Projeto neoclássico-imperial
A fachada imponente com arcadas romanas e um grande pórtico em mármore lioz, entalhado com símbolos da caridade, reforçam a influência neoclássica .
Funções ao longo do tempo
Originalmente, funcionou como sanatório e hospital-geral. Em 1920, tornou-se hospital‑escola da Faculdade de Medicina do Recife.
Posteriormente, foi integrado ao Hospital das Clínicas da UFPE até ser desativado em 1982, permanecendo fechado por cerca de 28 anos .
O que aconteceu após o fechamento
Período de abandono e risco de demolição
Após os serviços de saúde serem transferidos, o prédio serviu ocasionalmente como sede de secretarias públicas e até houve pressão para transformá‑lo em shopping.
Felizmente, o Conselho Estadual de Cultura tombou o imóvel e evitou sua descaracterização .
Restauração e revitalização
Em 2010, o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) e a Arquidiocese assumiram o local em regime de comodato.
Por meio da Lei Rouanet e apoio multi-institucional, o hospital foi restaurado em suas linhas originais, resgatando seu patrimônio neoclássico .
Uso atual
Hoje, o Hospital Pedro II opera como um moderno centro hospitalar e escola de saúde:
Serviços oferecidos: reabilitação, hemodiálise, oncologia, radioterapia, pet‑CT, UTI e cuidados paliativos, além de área prevista para transplantes .
Formação acadêmica: funciona como hospital‑escola do Imip, oferecendo ensino prático, laboratórios e residência médica, e abriga também o Memorial de Saúde Prof. Fernando Figueira .
Eternos Moradores
Algumas pessoas podem relatar sensações estranhas por conta da arquitetura clássica e das veias históricas do prédio, alguns dizem que se pode ouvir muito além do vento, vozes, objetos se movendo quando não há ninguém nos locais.
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