Atenção: Animais Marinhos – Avistamento no litoral do Brasil
- Thais Riotto
- há 4 dias
- 3 min de leitura
O litoral brasileiro, com mais de 7.000 km de extensão, é um ecossistema rico e variado, tem sido palco da chegada de diversas espécies marinhas exóticas.
Muitas dessas espécies, originárias de outras regiões do mundo, foram introduzidas acidentalmente ou intencionalmente e passaram a habitar as águas brasileiras.
A seguir, algumas espécies, suas origens, formas de introdução e os impactos que causam ao meio ambiente local.
Peixe-leão-vermelho (Pterois volitans)
Origem: Indo-Pacífico.
Introdução: Acredita-se que tenha sido introduzido acidentalmente no Atlântico Ocidental, possivelmente por meio de aquários domésticos.
Impactos: Espécie invasora que se espalhou rapidamente, competindo com peixes nativos e predando organismos marinhos locais.
Perigos: Possui espinhos venenosos que podem causar dor intensa e reações alérgicas em humanos.
Siri-bidu (Scylla serrata)
Origem: Oceano Indo-Pacífico.
Introdução: Introduzido no Brasil por meio da água de lastro de navios cargueiros.
Impactos: Competição com espécies nativas de caranguejos e alteração das cadeias alimentares locais.
Perigos: Embora não represente ameaça direta à saúde humana, sua presença pode desequilibrar ecossistemas locais.
Polvo-mímico (Thaumoctopus mimicus)
Origem: Águas do Indo-Pacífico.
Introdução: Embora não seja nativo do Brasil, registros de avistamentos indicam sua presença ocasional em águas brasileiras.
Impactos: Sua presença não é considerada uma ameaça significativa, mas sua adaptação a novos ambientes merece monitoramento.
Perigos: Não representa perigo direto à saúde humana.
Lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis)
Origem: Regiões costeiras do sul da América do Sul.
Introdução: Avistamentos em áreas além de sua distribuição habitual indicam possíveis mudanças em seus padrões migratórios.
Impactos: Sua presença pode afetar ecossistemas locais e interações com outras espécies.
Perigos: Embora não represente ameaça direta à saúde humana, sua presença em áreas não habituais deve ser monitorada.
Polvo-de-anéis-azuis (Hapalochlaena spp.)
Origem: Regiões do Indo-Pacífico.
Introdução: Registros de avistamentos em águas brasileiras indicam possíveis mudanças em seus padrões de distribuição.
Impactos: Sua presença não é considerada uma ameaça significativa, mas sua adaptação a novos ambientes merece atenção.
Perigos: Possui veneno potente que pode ser fatal para humanos; contato deve ser evitado.
Águas-vivas e caravelas
Origem: Diversas regiões marinhas ao redor do mundo.
Introdução: Mudanças nas correntes oceânicas e atividades humanas podem ter contribuído para seu aumento nas águas brasileiras.
Impactos: Proliferação excessiva pode afetar ecossistemas marinhos e atividades pesqueiras.
Perigos: Seus tentáculos contêm células urticantes que podem causar queimaduras e reações alérgicas em humanos.
Coral-sol (Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis)
Origem: Regiões do Indo-Pacífico.
Introdução: Introduzidos acidentalmente por meio de embarcações e equipamentos marinhos.
Impactos: Espécies invasoras que competem com corais nativos por espaço e recursos, prejudicando recifes de corais locais.
Perigos: Embora não representem perigo direto à saúde humana, sua proliferação pode afetar a biodiversidade marinha.
A introdução de espécies exóticas no litoral brasileiro é um fenômeno complexo que resulta de diversas atividades humanas, como o transporte marítimo, aquarismo e aquicultura.
Essas espécies podem competir com as nativas por recursos, alterar cadeias alimentares e, em alguns casos, representar riscos à saúde humana. É essencial monitorar e controlar a introdução de novas espécies para preservar a biodiversidade marinha do Brasil.
Se desejar, posso fornecer informações adicionais sobre como identificar essas espécies, medidas de prevenção e protocolos de primeiros socorros em caso de contato.
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