São Paulo Assombrada: Roteiro pelos Locais Mais Misteriosos da Capital
- Thais Riotto
- 21 de jul.
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de ago.

Entre os arranha-céus, a correria urbana e a modernidade pulsante, São Paulo também abriga um lado sombrio e pouco explorado.
Escondidos entre bairros históricos e ruas movimentadas, existem lugares que guardam lendas urbanas, fantasmas e histórias trágicas tornando-se verdadeiros pontos de turismo assombrado. Conheça os principais:
Castelinho da Rua Apa (Campos Elíseos)
História: Em 1937, os irmãos Álvaro e Armando Reis foram encontrados mortos junto da mãe, Maria Cândida. O caso nunca foi completamente solucionado, mas envolvia disputas familiares e suspeitas de assassinato seguido de suicídio.
Assombração: Relatos de vizinhos falam de gritos, passos nos andares superiores e vultos nas janelas, principalmente à noite.
Beco dos Aflitos (Liberdade)
História: Local do antigo cemitério dos escravizados e condenados à forca, o beco foi palco da morte de Chaguinha, mártir popular enforcado três vezes até morrer.
Assombração: Visitantes relatam gemidos, correntes arrastadas e súbitas quedas de temperatura.
Casa da Dona Yayá (Bixiga)
História: Sebastiana de Mello Freire, conhecida como Dona Yayá, foi uma mulher reclusa que viveu trancada no casarão até sua morte em 1961. Há indícios de que sofria de distúrbios mentais.
Assombração: Relatos de objetos que se movem sozinhos e uma figura feminina que atravessa os corredores do casarão.
Viaduto do Chá e Vale do Anhangabaú (Centro)
História: Durante o século XX, o Viaduto do Chá foi tristemente conhecido como ponto frequente de suicídios. O próprio Vale do Anhangabaú tem nome de origem tupi que significa “água do mau espírito”.
Assombração: Frequentadores noturnos falam em vozes sussurradas, risadas, e vultos que caminham sobre o viaduto e desaparecem.
Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP - Centro)
História: Construída sobre as ruínas de um antigo convento franciscano, há quem diga que os monges ainda "perambulam" pelo porão.
Assombração: Alunos e seguranças relatam vozes, passos e portas batendo sozinhas nas madrugadas.
Edifício Martinelli (Centro)
História: Primeiro arranha-céu da América Latina, o Martinelli passou por momentos de decadência, com assassinatos e suicídios.
Assombração: Dizem que uma mulher vestida de branco aparece nos andares vazios, além de luzes que se acendem sem energia e vozes misteriosas ecoando nos corredores.
Edifício Andraus (Centro)
História: Em 1972, um trágico incêndio causou a morte de 16 pessoas. Muitas ficaram presas nos andares superiores até serem resgatadas por helicópteros.
Assombração: Funcionários relatam sensação de presença, elevadores que se movem sozinhos e gritos abafados no silêncio da noite.
Cemitério da Consolação
História: Lar de túmulos de nomes como Tarsila do Amaral, Monteiro Lobato e Mário de Andrade. Além da importância histórica, é cheio de esculturas e mausoléus góticos.
Assombração: Guias turísticos relatam que figuras etéreas surgem nas fotos, além de sussurros entre os túmulos.
Hospital Umberto I (antigo Sanatório – Mooca)
História: Local onde muitos morreram de tuberculose e outras doenças infectocontagiosas.
Assombração: Visitantes e vigias afirmam ouvir chamados, tosses, e até ver pacientes vagando entre os corredores abandonados.
Edifício Joelma (Praça da Bandeira)
História: Um dos casos mais emblemáticos de tragédia urbana no Brasil, o Joelma foi consumido por um incêndio em 1974, deixando cerca de 187 mortos. Antes mesmo disso, o terreno já era assombrado pela memória de um crime: ali, um professor assassinou a mãe e duas irmãs, enterrando os corpos em um poço.
Assombração: As “13 Almas” do elevador, vozes e gritos vindos dos corredores e elevadores à noite são apenas parte dos inúmeros relatos paranormais associados ao prédio.
Theatro Municipal de São Paulo
História: Palco de grandes óperas e espetáculos desde 1911, o Theatro Municipal também é conhecido por seus bastidores mal-assombrados.
Assombração: Pianos que tocam sozinhos, luzes que se acendem sem motivo e vozes que ecoam pelos camarins vazios durante a madrugada são frequentemente relatados por seguranças e funcionários.
Edifício Copan (Centro)
História: Ícone da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer, o Copan também carrega histórias de suicídios e mortes não esclarecidas.
Assombração: Moradores do bloco F relatam ouvir passos no corredor sem ninguém por perto, vultos nas janelas e mudanças bruscas de temperatura. Há quem diga que os elevadores funcionam sozinhos após a meia-noite.
Arquivo Histórico Municipal (Bom Retiro)
História: Guardião de documentos raros e relatos da história paulista, o edifício em si já tem uma aura carregada pelo tempo.
Assombração: O subsolo é conhecido por causar desconforto entre visitantes e historiadores. Muitos afirmam ouvir sussurros, sentir presença invisível e até ver sombras passageiras entre os arquivos.
Figueira-das-Lágrimas (Ipiranga)
História: Na antiga Estrada das Lágrimas, próxima ao Museu do Ipiranga, há uma árvore centenária onde, segundo relatos históricos, soldados se despediam das famílias antes de partirem para a Guerra do Paraguai.
Assombração: Testemunhas relatam ouvir soluços e choros ao pé da figueira, especialmente nas madrugadas silenciosas.
Mosteiro da Luz (Luz)
História: Fundado em 1774 por Frei Galvão, o mosteiro já abrigou dezenas de freiras e contém um cemitério interno. Em 2008, duas múmias humanas foram encontradas em uma das paredes do convento.
Assombração: Pancadas inexplicáveis nas paredes, vozes femininas em oração e presenças repentinas têm sido relatadas por visitantes e religiosos.
Obelisco do Ibirapuera
História: O monumento funerário é um dos marcos do Parque do Ibirapuera, servindo de mausoléu aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932.
Assombração: Em certas noites, há quem diga ouvir gritos, sons de batalha e até vultos fardados vagando nos arredores do obelisco.
Palácio dos Bandeirantes (Morumbi)
História: Atual sede do Governo do Estado de São Paulo, o prédio já pertenceu à família Matarazzo. Com sua arquitetura imponente, guarda relatos discretos de fenômenos misteriosos.
Assombração: Funcionários afirmam ouvir passos solitários, portas que se fecham sozinhas e vozes que parecem discutir acaloradamente nos corredores, como se governadores passados ainda estivessem em sessão.
Dê cores para a Cidade e aproveite para mergulhar.





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