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Os ventos que caminham pela antiga vila de Paranapiacaba

Foto: Thais Riotto
Foto: Thais Riotto

A Vila de Paranapiacaba (lugar de onde se avista o mar em “tupi-guarani”), pertencente ao munícipio de Santo André.


Alguns moradores atuais ainda conversam com antigos, que hoje moram no cemitério da vila. Antigas tradições como de uma vigia que batia de porta em porta para saber se todos estavam bem em sua casa, ainda é mantido por alguns. Pessoas reais juram que ainda ouvem a batida na porta e respondem em respeito.


Somos filhos de uma ancestralidade, que deu a origem a Vila de Paranapiacaba, que trouxe o comercio pelas estradas de ferro. Os olhos da vila que tudo veem, são as janelas da majestosa arquitetura da época, onde residia o engenheiro chefe: O Castelinho. A imponente arquitetura transformou-se em um Museu de arte, abrigando objetos, roupas, moveis acessórios, histórias, quadros e a vista exuberante da fauna e da flora.


A vila é um complexo turístico de cultura, lendas e trilhas. Cachoeira e mata virgem formam o alicerce que dão vida a essa antiga vila. O Poço Formoso, a Cachoeira da Fumaça, A trilha de Taquarussu entre outras guiadas por profissionais e guias de turismo que nos mostram muito mais do que os olhos podem ver. Levam-nos a uma viagem no tempo, e a imaginação ganha vida perante cada um de nós na melodia, na textura, no paladar, na visão e na emoção de lembrarmos que somos brasileiros e podem desfrutar de lugares como esses que marcam a história de todo um povo.


Paranapiacaba é um patrimônio histórico nacional, tombado pelo Condephaat (Conselho da Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) no ano de 1987.


Está localizada a cerca de 50 km da capital. Tem seu surgimento em 1860, comandadas pelo engenheiro inglês Daniel M. Fox com a instalação do acampamento dos trabalhadores da construção da primeira ferrovia do Estado de São Paulo (São Paulo Railway) que ligaria o porto de Santos ao planalto. A ferrovia começou a funcionar no ano de 1867.  Em 1946, termina o período de concessão da São Paulo Railway.


MUSEU DO CASTELO: Dizia-se que das janelas do Castelinho, o engenheiro-chefe fiscalizava a vida de seus subordinados, demitindo qualquer solteiro que estivesse nas imediações das casas dos funcionários casados.


TRILHA DA COMUNIDADE: Na trilha que vai da Vila de Paranapiacaba até a Vila de Taquarussu, encontra-se outras trilhas, umas delas é conhecida como Trilha da Comunidade, antigas ruínas marcam o que sobrou de uma vila, dizem que o local e místico e com uma visão exuberante.


RUA DOS INGLESES: A rua abriga as grandes e avarandadas casas dos funcionários de alto escalão da ferrovia, aqueles subordinados ao engenheiro-chefe. As casas se diferenciam pela grandeza dos cômodos e por suas varandas.


RELÓGIO DA ESTAÇÃO: Erguida no ano de 1898. Suas badaladas regulavam os horários dos trens, assim como a entrada e saída dos funcionários e seu ritmo de vida. Atualmente o relógio situa-se na estação. Mais um detalhe que marca a importância dos ingleses na vila.


PASSARELA METÁLICA: Construída no ano de 1899 sobre o corredor ferroviário, com o objetivo de ligar os dois núcleos da vila.


CASAS DE MADEIRA (FAMÍLIA E SOLTEIROS): Diferenciavam seus moradores, as casas amplas, de cômodos extensos e varandas era na maioria casa de famílias. As com cômodos menores, sem varanda e mais simples era casas de solteiros, homens que vinham sozinhos trabalhar na ferrovia.


CASA DO ENGENHEIRO: As casas habitadas pelos engenheiros e suas famílias eram de alto padrão. O que chama a atenção é sua construção, no início nos tempos da São Paulo Railway, eram de madeira. Depois foram derrubas e reconstruídas em alvenaria nos tempos da Rede Ferroviária Federal.


SEERA BREQUE: Existia antes do loco breque, uma primitiva máquina de madeira, tracionada por cabos. Durante a operação do "serra breque", o Barão de Mauá ainda era um dos financistas da companhia. Mas por ser algo muito simples tinha pouca duração, com alicerce no Serra breque foi construído o Loco breque uma máquina mais resistente.


LOCO BREQUE: Na subida da Serra do Mar, o "loco breque" empurrava os vagões, que ficavam na frente da máquina. Na descida, segurava os vagões, que ficavam atrás da máquina. Seu nome vem do inglês, loco-brake, funciona através da queima do carvão ou madeira numa fornalha, abastecida pelo foguista, que trabalhava ao lado do maquinista.

VIRADOURO: Tem o formato de um grande círculo com trilho, era usado para inverter a direção dos trens.


PARTE BAIXA: Conhecida como Vila Velha foi no início acampamento dos funcionários que trabalharam na construção da estrada de ferro São Paulo Railway. Ao longo do tempo foram sendo construídas ruas irregulares, novas casas foram erguidas nos períodos de 1860 a 1862.


CAMPO DE FUTEBOL CHARLES MILLER: No ano de 1894, Charles Miller, funcionários da SPR jogou sua 1ª partida de futebol no Brasil, em sua homenagem o campo de futebol recebeu seu nome. O mesmo presenciou além da 1ª partida de futebol no Brasil e dentro outras do Serrano Atlético Clube contra times grandes como Santos, Corinthians, entre outros


CENTRO DE INFORMAÇÕES: A arquitetura abrigava o antigo posto de saúde, atualmente a casa abriga o centro de informações turísticas da Vila de Paranapiacaba.


RUÍNAS DO SERRANO ATLÉTICO CLUBE: Uma das primeiras construções em Alvenaria elaborada pela São Paulo Railway.


MUSEU FUNICULAR: Guarda parte do maquinário do sistema funicular, o primeiro patamar fica em Piaçaguera e o último em Paranapiacaba. São ao Todo 05 (cinco) patamares. São exibidas as máquinas fixas do 5º Patamar da 2ª linha férrea e do 4º patamar da 1ª linha, que transportavam o trem tendo como contrapeso o loco breque, também em exposição. Há também objetos de uso ferroviário.


PÁTIO FERROVIÁRIO: Local de manobras dos trens. A primeira estação foi inaugurada em 1874 e a segunda em 1898. Ambas em madeira, ferro e telhas francesas, todo material vindo da Inglaterra. E foi desativa em 1977, dando lugar a terceira estação, na qual atualmente só circula a Maria fumaça.


PAU DA MISSA: Um eucalipto centenário batizado de “Pau da Missa”. Era usado pelos habitantes como ponto de informações à comunidade. Os avisos eram relacionados às missas de sétimo dia


LARGO DO PADEIRO: recebeu esse nome devido a padaria que ali se localizava, junto a antiga cooperativa. Onde os funcionários e moradores iam fazer suas compras.


PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR: Construção em madeira com cobertura de telhas francesas, o prédio faz parte das edificações de uso institucional construído entre 1895 e 1901, época da inauguração da segunda linha e da Vila Martin Smith.


CASA FOX: Casa geminada de madeira, com tijolos e telhas francesas, sua construção data do ano de 1897 a 1901. Sanitários externos, paredes duplas, porão em pedra e tijolos, forros sobrepostos nos cômodos e treliças no piso da cozinha para facilitar o escoamento da fumaça dos fogões à lenha, são detalhes que compõe a construção e demonstram preocupação com o conforto térmico e com o isolamento à umidade. Arquitetura típica do século XIX.


Atualmente também é conhecida como Casa da Memória, exibe alguns retratos e fotos dos antigos moradores e da vila.


CLUBE UNIÃO LIRA SERRANO: A sede foi edificada na década de 1930, época das últimas construções da SPR. O prédio em madeira, coberto por telhas francesas, possui um hall de entrada que distribui os acessos.


Na boca de cena possuía adaptação para descida de tela que projetava filmes de cinema. Na parede oposta a sala de projeção, onde se pode ver os dois projetores originais fixados ao chão.


ANTIGO MERCADO: Construído em 1899 para abrigar um empório de alimentos e bebidas. Ao longo do tempo foi fechado, permaneceu desta forma por muito tempo, quando foi restaurado pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Com sua posição central privilegiada, permite que os eventos realizados, sejam de fácil acesso.


MUSEU DO CASTELO: Também conhecido como "Castelinho". Sua localização é privilegiada, no alto da colina, com vista para a vila inteira.


Foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o tráfego de trens. Sua imponência simbolizava a liderança e a hierarquia que os ingleses impuseram a toda a vila; ela é avistada de qualquer ponto de Paranapiacaba. Com passar dos anos algumas restaurações foram sendo realizadas, as que marcaram a vila data dos anos de 1950 e 1960, onde foram recuperados alguns moveis e paredes.


PARTE ALTA: Situa-se em um morro ao lado do pátio ferroviário. Mescla duas influências: A arquitetura portuguesa pode ser observada no conjunto das edificações coloridas, com fachadas sem recuos e acesso direto para as ruas estreitas e sinuosas, e a arquitetura inglesa através dos materiais de construções, como as paredes, os pisos de madeira


CEMITERIO BOM JESUS DE PARANAPIACABA: Conhecido atualmente como Cemitério de Paranapiacaba. Fundado em 25 de julho de 1900, possui uma área de 20.000 m², onde aproximadamente 600 Jazigos compõe o cenário. Construído pelos Ingleses, que trabalhavam na estrada de ferro.


Na época ocorreu uma epidemia muito forte que levou a óbito centenas destes operários. Estando longe de seus lares, estão sepultados no cemitério. Foi tombado como patrimônio histórico pelo Município, pois seus jazigos são em sua grande maioria construções bastante antigas datadas daquela época.


IGREJA DE BOM JESUS DE PARANAPIACABA: Foi construída no ano de 1889 para atender aos funcionários católicos da ferrovia, e é palco das missas e da tradicional Festa do Padroeiro, a mais antiga de Santo André.

 

Alguns dos Eternos Moradores:


  • O Véu da Noiva: Uma das histórias mais conhecidas, relata o espírito de uma jovem mulher que, após um trágico acidente ferroviário, aparece dançando em locais como o Clube Lyra Serrano.


  • O Vagão Funerário: Dizem que um antigo vagão da ferrovia, utilizado para transportar corpos, ainda circula pela vila durante a noite, emitindo sons fantasmagóricos.


  • O Guia João Ferreira: Em um dia enevoado, um casal teria sido acompanhado por um misterioso homem chamado João Ferreira, que desapareceu ao final do passeio, deixando dúvidas sobre sua verdadeira identidade.


  • O Vigia Noturno: Dizem que ele continua sua função na eternidade, quando vivo batia três vezes nas portas das casas para saber se todos estavam bem, nas noites de densa neblina, para saber se todos haviam retornado para casa após o trabalho. Atualmente ele ainda, segue seu trabalho pós morte, batendo em algumas casas.

 

 

Pegada de Vozes: Nos Passos de Paranapiacaba – Um Jogo de Mistérios e Lendas

Em uma vila onde o tempo parece suspenso pela neblina, Pegada de Vozes convida o leitor a desvendar os enigmas que moldam Paranapiacaba. Entre trilhos esquecidos e casas que sussurram histórias, cada canto esconde símbolos e segredos aguardando para serem descobertos.


O relógio pede silêncio, o trem chega trazendo peças de um quebra-cabeça que atravessa gerações.


Em um baile de máscaras, lendas se tornam visíveis para aqueles que acreditam. Você acredita em magia? Aceitaria brincar de futebol com o vento? Na casa das almas, todos dormem, até que uma ajuda aparece sob o coberto de grama.


 Este é um jogo de mistério, história e cultura, onde as marcas do tempo estão impressas nas estranhas da vila. Se sobreviver a esse jogo, você contribuirá para que essas lendas não adormeçam para sempre.

 

Venda: Google Livros

 

O leitor deve mergulhar em “Pegada de Vozes” porque o livro não é apenas uma história: é uma experiência sensorial e emocional. Aqui está o porquê:


  1. Mistério que envolve a alma – A cada página, a neblina de Paranapiacaba parece se espalhar sobre o leitor, fazendo com que ele sinta o frio da vila e ouça os sussurros das lendas, como se estivesse caminhando entre fantasmas e segredos.


  2. Conexão com a história e cultura local – Mais do que ficção, o livro resgata o passado da vila, suas tradições e histórias, transformando lendas em experiências vivas. O leitor aprende, se encanta e se arrepia ao mesmo tempo.


  3. Interatividade narrativa – Com a “pegada de vozes”, Thais Riotto cria uma narrativa que convida o leitor a perceber pistas, imaginar sons e movimentos, tornando a leitura quase como um jogo de exploração.


  4. Suspense e emoção constantes – Amor, tragédia, mistério e aparições se entrelaçam de forma que cada capítulo deixa aquele desejo irresistível de virar a página.


  5. Experiência única e inesquecível – Para quem gosta de histórias que ficam na mente e no coração, Pegada de Vozes oferece uma atmosfera tão envolvente que o leitor sente estar dentro do enigma, vivendo as lendas e o clima enevoado de Paranapiacaba.

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