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Frequências Sonoras e sua influência na mente



O que são frequências sonoras


  • Som é uma vibração mecânica que se propaga por um meio (ar, água, sólidos).

  • Essa vibração é medida em frequência, que corresponde ao número de ciclos por segundo da onda sonora.

  • A unidade é o hertz (Hz), que significa ciclos por segundo.

    • 20 Hz a 20.000 Hz → faixa que o ouvido humano percebe.

    • Infrassons → abaixo de 20 Hz (normalmente não audíveis, mas podem ser sentidos no corpo).

    • Ultrassons → acima de 20.000 Hz (usados em tecnologia, como ultrassom médico).

 

Frequências e a mente humana


O cérebro também trabalha com frequências elétricas (ondas cerebrais), e há décadas pesquisadores estudam a relação entre ondas sonoras externas e estados mentais.

 

  • Ondas cerebrais (EEG):

    • Delta (0,5–4 Hz): sono profundo

    • Teta (4–8 Hz): relaxamento, meditação leve

    • Alfa (8–12 Hz): relaxamento consciente, criatividade

    • Beta (12–30 Hz): foco, atenção

    • Gama (30–100 Hz): cognição avançada


A ideia é que sons rítmicos ou frequências específicas poderiam “arrastar” ou sincronizar o cérebro para estados semelhantes isso é chamado de entrainment ou arrastamento neural.


 

História e origem do uso de frequências sonoras para influenciar a mente



  1. Antiguidade (rituais e religiões):

    • Povos antigos usavam tambores e cânticos repetitivos para induzir estados alterados de consciência (xamanismo, budismo, religiões africanas, gregos com o aulos).

    • O “poder” estava na repetição rítmica, que podia alterar a percepção e provocar transe.


  2. Pitagóricos (século VI a.C.):

    • Pitágoras e seus discípulos acreditavam na “música das esferas” e no efeito moral e psicológico da música.

    • Usavam escalas musicais para acalmar ou estimular emoções.


  3. Idade Média e Renascimento:

    • Monges gregorianos usavam o canto monofônico para meditação coletiva.

    • Teorias sobre “frequências sagradas” (como os tons de Solfeggio) surgiram mais tarde na tradição esotérica.


  4. Século XIX (ciência moderna):

    • Em 1839, Heinrich Wilhelm Dove descobriu o fenômeno dos batimentos binaurais (quando dois tons próximos, um em cada ouvido, criam uma frequência “fantasma” percebida pelo cérebro).

    • Isso abriu caminho para experimentos de indução de estados mentais.


  5. Século XX (neurociência e usos militares):

    • Décadas de 1950–70: pesquisas em psicoacústica e no uso de sons para controle do comportamento (às vezes ligadas a projetos militares, como o MKUltra nos EUA).

    • Anos 1980 em diante: popularização do áudio para relaxamento e meditação, com CDs de “brainwave entrainment”.


  6. Século XXI (uso comercial e terapêutico):

    • Hoje, apps e músicas de binaural beats ou “frequências curativas” são usados para foco, sono e meditação.

    • Algumas práticas terapêuticas utilizam musicoterapia e sound healing (tigelas tibetanas, gongs, frequências específicas).

 

 

Essas frequências vêm da noção de que determinados números teriam propriedades harmônicas e espirituais.


  • Muitas referências vêm da numerologia pitagórica, onde números são associados a proporções universais.

  • Há também a ideia de que o som é vibração e, portanto, poderia “reorganizar” a energia do corpo e do ambiente.

 

As principais frequências “místicas” e sua fama

 

432 Hz – a “afinação natural”

  • Defensores dizem que o Lá musical (nota A) deveria ser afinado em 432 Hz, em vez dos 440 Hz padrão moderno.

  • Alegam que 432 Hz seria matematicamente alinhado com proporções da natureza (ciclos do Sol, proporção áurea, ressonância da água).

  • Muitos dizem que músicas nessa frequência transmitem paz, clareza e conexão espiritual.

  • A fama moderna começou nos anos 1980–90 em círculos esotéricos e ganhou força na internet nos anos 2000.

  • Mas: cientificamente, não existe prova de que 432 Hz tenha efeito especial. É apenas uma afinação diferente (um pouquinho mais grave).

 

528 Hz – a “frequência do amor” ou da cura do DNA

  • Conhecida como parte da série dos “tons solfeggio”, que seriam seis notas antigas ligadas a hinos gregorianos.

  • O pesquisador e médico Joseph Puleo (anos 1970) e depois Leonard Horowitz (anos 1990) popularizaram a ideia de que 528 Hz teria poder de cura celular, regeneração do DNA e energia de amor.

  • É chamada também de “milagre” (MI, de miraculum no latim).

  • Hoje é muito usada em músicas de meditação, reiki, yoga e terapias alternativas.

  • Novamente, não há comprovação científica, mas muitos relatam sensações de calma e bem-estar.

 

 

Outras frequências da série “Solfeggio”

Supostamente ligadas a cânticos sagrados:

 

  • 396 Hz – libertação do medo e da culpa

  • 417 Hz – mudança e transmutação

  • 528 Hz – amor e cura

  • 639 Hz – harmonia nos relacionamentos

  • 741 Hz – despertar da intuição

  • 852 Hz – retorno ao espírito, conexão espiritual


A maioria dessas associações vem da interpretação moderna feita por Horowitz e outros pesquisadores da “nova era”.

 

Linha do tempo da fama


  1. Antiguidade: músicas, mantras e cânticos já eram usados para alterar consciência, mas sem referência direta a Hertz, porque o conceito de Hz só surgiu no século XIX.


  2. Século XX (anos 1930–50): padrão de afinação foi definido em 440 Hz internacionalmente → alguns músicos já preferiam 432 Hz por acharem mais “agradável”.


  3. Anos 1970–90: Joseph Puleo e Leonard Horowitz trazem os tons Solfeggio e associam 528 Hz à cura.


  4. Anos 2000–2020: com a internet, vídeos no YouTube, músicas de meditação e movimentos espirituais espalham a fama dessas frequências pelo mundo.

 

1 comentário

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Ruth
25 de out.
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Obrigada eu precisava muito disso nesse momento

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