Fantasmas e Ecos no Subterrâneo da Avenida Paulista
- Thais Riotto
- 18 de ago.
- 2 min de leitura
A Avenida Paulista é conhecida como o coração pulsante de São Paulo centro financeiro, palco de manifestações e endereço de alguns dos edifícios mais icônicos do país.
Mas, sob o asfalto iluminado por arranha-céus, existe uma face esquecida e obscura: um mundo subterrâneo repleto de lendas, corredores abandonados e histórias de fantasmas que ecoam na escuridão.
O Subsolo Fantasma
Desde o final do século XIX, rumores indicam que túneis secretos se estendem sob partes da cidade, conectando antigos casarões, quartéis e pontos estratégicos.
Muitos acreditam que esses corredores foram usados como rotas de fuga durante revoltas ou para transporte discreto da elite paulistana.
Na região da Paulista, visitantes e trabalhadores relatam ouvir passos apressados, vozes distantes e o eco metálico de portas que se fecham sozinhas em áreas interditadas. Esses sons, dizem, vêm de passagens que hoje estão seladas, mas que um dia cruzaram a cidade por baixo.
O Projeto que Nunca Foi
Na década de 1970, um ambicioso plano pretendia transformar a Avenida Paulista em um imenso calçadão, deslocando todo o tráfego para uma avenida subterrânea. As obras começaram, mas foram abandonadas.
Parte desse túnel, esquecido e silencioso, ainda existe. Quem já se aventurou por lá fala de um frio repentino, do som de passos sem corpo e da sensação clara de estar sendo observado.
A Passagem Literária
No cruzamento da Paulista com a Consolação, funcionou por anos uma passagem subterrânea conhecida como “passagem literária”.
Ali havia um sebo, exposições e encontros culturais. Hoje, fechada ao público, a passagem está mergulhada no escuro. Guardas e curiosos que já entraram afirmam ouvir o farfalhar de páginas sendo viradas e um leve murmúrio, como se vozes ainda discutissem poesia em meio à penumbra.
Um Passeio para os Corajosos
Explorar o subterrâneo da Avenida Paulista não é para qualquer um. Entre corredores abafados, paredes antigas e histórias que misturam memória e assombração, cada passo parece atravessar não apenas o espaço, mas também o tempo.
É um convite para conhecer um lado da cidade que poucos ousam encarar onde o concreto esconde segredos e o silêncio carrega ecos de vidas que, talvez, nunca tenham ido embora.





Comentários