Edifício Martinelli - História, Arquitetura e Mistérios Sobrenaturais
- Thais Riotto
- há 5 dias
- 2 min de leitura

Local: R. São Bento, 405 – Centro Histórico de São Paulo/SP
História
No coração do centro histórico de São Paulo, entre as ruas São Bento, São João e Líbero Badaró, ergue-se o imponente Edifício Martinelli, símbolo da ambição e visão de um dos imigrantes italianos mais influentes do Brasil: Giuseppe Martinelli.
Chegando ao país em 1889, Martinelli construiu uma fortuna no comércio e na construção civil, e sonhava com um prédio que marcaria a cidade como moderna e cosmopolita.
Para dar forma a esse sonho, contratou o arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger, formado na Academia de Belas-Artes de Viena.
Inicialmente, o projeto previa 12 andares, mas a rivalidade com outros edifícios e a própria ambição de Martinelli transformaram o Martinelli no primeiro arranha-céu do Brasil e da América Latina, com 30 andares e 105 metros de altura, inaugurado em 1934.
O prédio não era apenas alto; era um espetáculo de modernidade, luxo e tecnologia: elevadores suíços, portas de pinho de Riga, papéis de parede belgas, louças sanitárias inglesas e escadas de mármore de Carrara compunham um interior sofisticado, enquanto o granito vermelho róseo da fachada conferia imponência à cidade que começava a se modernizar.
No topo, uma réplica de villa italiana servia como residência para a família Martinelli, um símbolo de status e segurança.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o prédio chegou a ser usado estrategicamente, abrigando baterias antiaéreas para proteger São Paulo de ataques.
Nos anos seguintes, o Martinelli consolidou-se como ponto de encontro da alta sociedade, com bailes, saraus e eventos sociais.
Contudo, com o tempo, o edifício enfrentou decadência, especialmente nas décadas de 1950 e 1960, quando famílias de baixa renda ocuparam seus andares e a manutenção se tornou escassa. Em 1975, a Prefeitura de São Paulo desapropriou o prédio e iniciou sua revitalização, culminando na reinauguração em 1979.
Atualmente, abriga secretarias municipais, empresas e estabelecimentos comerciais, permanecendo como um centro vibrante da cidade.
Eternos Moradores
Mas o Martinelli guarda também um lado misterioso.
Entre moradores, funcionários e visitantes, circulam histórias de fantasmas e fenômenos sobrenaturais.
O mais famoso deles é o espírito feminino chamado Rosa, que teria sido vítima de tragédia dentro do prédio.
Relatos falam de uma figura feminina de vestido antigo vagando pelos andares superiores, acompanhada por passos ou sussurros, e de sapatos encontrados misteriosamente em locais onde ninguém deveria estar.
Os elevadores, mesmo quando vazios, teriam movimentos inexplicáveis, parando em andares sem solicitação, e corredores silenciosos ganham vida em horários estranhos.
Visitantes relatam correntes de ar frio, sensação de serem observados e sons de batidas, passos e portas rangendo sozinhos.
No terraço panorâmico do 26º andar, que oferece uma das vistas mais impressionantes da cidade, há quem diga ter visto figuras movendo-se na beira do prédio, enquanto outros sentem presenças invisíveis, reforçando o caráter sobrenatural do local.
O Edifício Martinelli, assim, permanece um marco arquitetônico e histórico, desafiando o tempo com sua imponência e beleza, mas também um espaço de mistério, onde a história concreta e as lendas se misturam.
Entre o luxo dos interiores e a grandiosidade da fachada, o prédio convida moradores, turistas e curiosos a explorar sua história, admirar sua arquitetura e, quem sabe, testemunhar o lado oculto que sussurra pelos corredores silenciosos e pelos andares esquecidos da cidade.





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