Chupetas - A tendência peculiar que está acalmando ansiedades ao redor do mundo em adultos.
- Thais Riotto
- 13 de ago.
- 3 min de leitura

Mundo Peculiar
Por décadas, a chupeta foi um símbolo exclusivo da infância um pequeno objeto de borracha que acalmava bebês nos momentos de choro.
Mas, nos últimos anos, esse item atravessou a barreira da idade e se tornou um recurso peculiar entre adultos em busca de alívio para o estresse e a ansiedade.
A moda começou a ganhar força na China, impulsionada pelas redes sociais, passou pelo Japão e tem se espalhado pelo mundo.
Japão
Tem empresas disponibilizando chupetas a seus funcionários para que eles possam se acalmar da ansiedade, melhorando a saúde física e mental. Seja no profissional ou pessoal, e com bases atribuídas por médicos.
O que antes poderia ser visto como algo “infantil” passou a ser assumido por jovens e adultos sem constrangimento e, em alguns casos, com orgulho.
O Conforto na Boca: Por Que Funciona?
Psicólogos explicam que o uso de chupetas por adultos está ligado a um fenômeno chamado regressão emocional um retorno a comportamentos e sensações da infância, que o cérebro interpreta como um lugar seguro.
Ao colocar uma chupeta na boca, algumas pessoas relatam uma sensação imediata de calma, como se estivessem protegidas de estímulos externos.
Além disso, a sucção repetitiva pode diminuir a frequência cardíaca e até baixar a pressão arterial, efeitos semelhantes aos obtidos com técnicas de respiração profunda.
Não por acaso, usuários com crises de ansiedade, distúrbios do sono ou situações de forte estresse encontram no objeto um refúgio rápido.
Relatos Reais de Quem Usa
Nas comunidades online, especialmente no Reddit, surgem confissões de pessoas que adotaram a chupeta como ferramenta de bem-estar. Aqui estão alguns exemplos (traduzidos para o português de sites japoneses e americanos) que revelam o lado íntimo dessa prática:
“Eu luto com estresse e ansiedade intensos… Eu estava desesperado… e, honestamente, isso ajuda, mesmo sendo adulto.”
“Eu relaxo profundamente com uma chupeta. A frequência cardíaca cai, a pressão arterial cai… Perfeição.”
“Expliquei ao meu dentista sobre minha ansiedade, distúrbio do sono e trauma… Ele não reagiu de forma estranha… Está tudo bem, definitivamente posso continuar se isso me ajuda a me sentir mais calma.”
“Minhas chupetas têm sido, honestamente, a melhor coisa depois do álcool para lidar com a ansiedade… sem todos os danos aos órgãos vitais.”
“Não acho que você deva se envergonhar disso… o que quer que te faça sentir bem e não te machuque… vá em frente.”
Entre Benefícios e Riscos
Embora muitos relatem benefícios claros como relaxamento, melhora no sono e até auxílio para parar de fumar especialistas alertam que o uso prolongado pode ter consequências para a saúde bucal.
Dentistas chamam a atenção para riscos como desalinhamento dos dentes, alterações na mordida e até problemas na mandíbula, especialmente quando a chupeta é usada por várias horas diárias.
Outro alerta importante é o risco de asfixia durante o sono, caso a chupeta se solte e bloqueie as vias respiratórias. Para quem usa aparelhos dentários ou próteses, o cuidado deve ser ainda maior.
Muito Além da Moda
Seja como expressão estética dentro da moda alternativa (como no estilo Decora de Harajuku) ou como ferramenta particular de autocuidado, a chupeta adulta se tornou um fenômeno que mistura o peculiar com o funcional.
O que chama atenção não é apenas o ato de um adulto usar um objeto infantil, mas a forma como ele é ressignificado: não mais como símbolo de dependência infantil, mas como um recurso de autocontrole e alívio emocional em um mundo cada vez mais acelerado.
Talvez para alguns essa tendência seja apenas mais uma excentricidade moderna, mas para outros, é um aliado poderoso contra a ansiedade.
O fato é que ela revela algo profundo: em meio ao caos, muitos estão dispostos a resgatar gestos simples e reconfortantes da infância mesmo que isso desafie convenções sociais. Ao menos é o que tem dito pessoas e profissionais da China, Japão e Estados Unidos, segundo pesquisas.
E o que vocês acham?








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