Vincent van Gogh: Hospital Psiquiátrico
- Thais Riotto
- 15 de abr.
- 3 min de leitura
Vincent van Gogh (1853–1890) foi um dos maiores pintores pós-impressionistas da história da arte, conhecido por suas pinceladas expressivas, cores vibrantes e forte carga emocional em suas obras. Apesar de ter tido pouco reconhecimento em vida, sua arte influenciou profundamente a pintura moderna.
Internação no Hospital Psiquiátrico
A fase em que Van Gogh ficou internado em um hospital psiquiátrico foi um dos períodos mais marcantes de sua vida, tanto pessoalmente quanto artisticamente. Após um episódio de surto psicótico na cidade de Arles, no sul da França.

O motivo exato desse ato ainda é debatido, mas acredita-se que tenha ocorrido após uma discussão intensa com seu amigo e colega pintor Paul Gauguin, que havia passado um tempo com ele na Casa Amarela, onde ambos moravam.
A automutilação resultou na hospitalização temporária de Van Gogh. Em maio de 1889, por decisão própria, ele se internou voluntariamente no hospital psiquiátrico de Saint-Paul-de-Mausole, na cidade de Saint-Rémy-de-Provence.
Ele ficou no hospital por aproximadamente um ano, período durante o qual sofreu crises frequentes de depressão, ansiedade e surtos psicóticos, mas também demonstrou momentos de lucidez em que produziu algumas de suas obras mais célebres.
Durante sua internação no hospital psiquiátrico de Saint-Paul-de-Mausole em Saint-Rémy-de-Provence (1889–1890), Vincent van Gogh produziu algumas das pinturas em tela mais emocionantes e significativas de sua carreira.
Apesar do isolamento e das crises de saúde mental, ele encontrou inspiração na paisagem ao redor do hospital, nas flores, nos campos e até mesmo nos próprios cômodos da instituição.
Fotos: Pesquisa
Paisagens do Hospital
Van Gogh tinha permissão para sair ao jardim murado do hospital e, ocasionalmente, para caminhar pelos arredores acompanhado por um enfermeiro. As paisagens da região inspiraram uma série de telas vibrantes, cheias de energia e movimento.
Oliveiras (1889): Van Gogh pintou diversas versões de oliveiras próximas ao hospital, usando pinceladas ondulantes e cores intensas para transmitir a vitalidade e a espiritualidade da natureza.

Campo de Trigo com Ciprestes (1889): Uma das obras mais famosas desse período, que representa um campo dourado sob um céu azul agitado, com ciprestes em destaque, quase como chamas verdes ascendentes.

Jardim do Asilo (1889): Uma visão serena, mas melancólica, do jardim do hospital, com árvores retorcidas e vegetação vibrante. Além do jardim, datado do mesmo ano, ele pintou outras partes do hospital.




Cenas Internas
Mesmo confinado dentro do hospital, Van Gogh encontrou inspiração nos interiores simples e solitários.
O Quarto do Asilo (1889): Uma pintura que retrata o próprio quarto onde Van Gogh ficou internado, marcado por tons sóbrios e uma atmosfera de isolamento.

A Cela do Hospital (1889): Outra visão de seu espaço privado, que transmite a sensação de clausura e solidão.

Estudos de Natureza
A natureza era uma fonte constante de conforto para Van Gogh, e ele frequentemente pintava flores e plantas do jardim.
Íris (1889): Uma das pinturas mais conhecidas dessa fase, com tons vibrantes de roxo e verde, expressando tanto beleza quanto fragilidade.

Rosas (1889): Uma paleta suave, transmitindo calma e esperança.

Paisagens Emocionais
Muitas das paisagens que Van Gogh pintou nesse período refletem seu estado emocional, com pinceladas turbulentas e cores dramáticas.
Noite Estrelada (1889): A visão da noite vista da janela de seu quarto, onde as estrelas parecem girar no céu em um movimento quase hipnótico. A obra é frequentemente interpretada como uma expressão da mente inquieta do artista.

Montanhas em Saint-Rémy (1889): Uma paisagem montanhosa com tons vibrantes e pinceladas energéticas, revelando tanto a beleza da natureza quanto a turbulência emocional de Van Gogh.

Autorretrato com Orelha Cortada (1889): Uma representação crua e intensa de si mesmo após o incidente com a orelha.

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