Therians: Guardiões da Natureza – A Alma Animal
- Thais Riotto
- há 4 dias
- 12 min de leitura
No silêncio de uma floresta ou no frenesi da cidade, existem pessoas que não apenas amam os animais, elas se sentem animais.
Não por fantasia, mas por identidade.
Estamos falando dos Therians: indivíduos que afirmam experimentar uma conexão intrínseca, psicológica ou espiritual com uma espécie não humana. E, ao contrário do que muitos pensam, isso vai muito além de fantasias ou modismos de internet.

Da antiguidade ao Espírito: A Ligação Ancestral entre Humanos e Animais
Desde os primórdios da humanidade, há registros da profunda conexão entre seres humanos e animais.
Muito além da convivência física e da dependência para a caça ou proteção, os animais foram (e ainda são) vistos como guias, totens, entidades sagradas ou reflexos do próprio espírito humano.
Este elo energético e espiritual atravessa milênios, culturas e continentes e é justamente essa herança que ressurge nos dias de hoje em movimentos como o therianthropy, onde pessoas se identificam com a essência animal de forma simbólica, espiritual ou energética.
As Origens Pré-Históricas (40.000 a.C. – 10.000 a.C.)
Nas profundezas das cavernas de Lascaux (França), Altamira (Espanha) e Chauvet (França), datadas de até 40.000 anos atrás, encontramos pinturas rupestres com figuras humanas que possuem caudas, chifres ou garras representações conhecidas como therianthropes.
Um dos exemplos mais famosos é "O Feiticeiro" da caverna de Trois-Frères, na França, que mostra um ser meio homem, meio animal em posição ritualística.
Essas imagens são mais do que arte: representam estados de transe xamânico, nos quais o ser humano se funde com o espírito animal em busca de força, cura ou orientação. É o início do que chamamos hoje de conexão energética ou espiritual com arquétipos animais.
O Xamanismo e os Animais de Poder (30.000 a.C. – Presente)
O xamanismo é uma das práticas espirituais mais antigas da humanidade, presente desde as sociedades paleolíticas até as tribos indígenas da América, Sibéria, Mongólia, África e Oceania.
Nessa visão de mundo, todos os seres possuem espírito, e os animais são considerados aliados espirituais os chamados animais de poder.
O xamã, em transe induzido por danças, cânticos, plantas ou isolamento, acessa o mundo espiritual e pode incorporar ou viajar com seu animal-guia.
Muitas culturas indígenas das Américas têm cerimônias específicas para "encontrar" o animal de poder de um indivíduo uma prática que, em essência, se alinha diretamente à vivência contemporânea de pessoas therians.
Exemplos históricos:
Povos nativos norte-americanos: Uso de totens animais para proteger clãs, com cada animal representando qualidades espirituais como coragem (urso), sabedoria (coruja) ou visão espiritual (águia).
Sibéria e Mongólia: Xamãs com roupas e máscaras que imitam lobos, corvos ou renas; acreditava-se que essas formas facilitavam a jornada espiritual.
Brasil indígena: Diversas etnias acreditam na capacidade de "virar bicho" durante sonhos ou rituais, uma verdadeira metamorfose espiritual.
Civilizações Antigas e Deuses Zoomórficos (5.000 a.C. – 500 d.C.)
Nas grandes civilizações antigas, o ser humano já representava deuses com forma animal — sinal claro da reverência e do misticismo depositado nessa conexão:
Egito Antigo: Bastet (gato), Anúbis (chacal), Hórus (falcão), Taueret (hipopótamo) cada um regendo aspectos da vida e da morte.
Grécia e Roma: Pan, deus dos bosques, com corpo de cabra; Diana, caçadora com conexão espiritual com os animais selvagens.
Índia e Ásia: Ganesha (cabeça de elefante), Hanuman (macaco), Kinnara (meio-pássaro, meio-humano).
Mesoamérica: Xamãs toltecas e maias usavam o conceito de nahual, um espírito animal que acompanha cada pessoa desde o nascimento.
Esses arquétipos reforçavam a ideia de que os humanos carregavam dentro de si uma força animal não como algo selvagem a ser domado, mas como uma potência espiritual a ser reconhecida.
Idade Média ao Século XIX: Metamorfoses e Medos
Na Europa medieval, a relação simbiótica entre homem e animal passou a ser vista com suspeita. Surgem as histórias de lobisomens, bruxas que se transformavam em corujas ou gatos, e entidades que podiam tomar forma animal.
Embora muitas dessas lendas fossem usadas como ferramenta de controle social ou repressão cultural, elas são ecos antigos das transformações espirituais e xamânicas que resistiram no imaginário popular.
Em outras regiões, como África e América Latina, o sincretismo religioso preservou entidades híbridas e totêmicas, muitas vezes ocultas sob formas mais aceitas pela religião dominante.
Ou seja, os povos antigos se conectavam com os animais por meio de rituais, sonhos e símbolos, acreditando que cada animal possuía um espírito ou poder sagrado.
Xamãs e líderes espirituais incorporavam essas energias para cura, proteção e orientação, vendo os animais como ancestrais, aliados ou totens.
Essa relação era parte central da espiritualidade e da visão de mundo desses povos.
Rituais de caça: Para honrar o espírito do animal e pedir sucesso na caçada, caçadores se vestiam e se moviam como o animal que desejavam caçar.
Cerimônias xamânicas: Xamãs usavam máscaras, peles e movimentos de animais para "incorporar" o espírito deles, entrando em transe e buscando cura, visões ou proteção espiritual.
Ritos de passagem: Em iniciações, guerras ou funerais, o uso de máscaras animais simbolizava transformação, força ou conexão com o mundo dos espíritos.
Exemplos:
Povos siberianos e inuítes imitavam ursos, aves ou lobos em danças e cantos.
Indígenas da Amazônia fazem isso com onças, cobras e aves sagradas.
Culturas africanas usam máscaras de antílopes, leões e aves em cerimônias tribais.
Essas práticas reforçavam a crença de que humanos e animais compartilhavam uma essência espiritual comum.
Vários povos antigos viviam de forma tão profundamente conectada aos animais que assumiam seus modos de ser para acessar sabedoria da natureza e da própria alma.
Eles não apenas imitavam animais viviam suas energias como parte de um caminho espiritual e existencial. Aqui estão alguns exemplos marcantes:
Povos Siberianos (chukchi, evenki, yakuts)
Como viviam: Os xamãs acreditavam que podiam se transformar espiritualmente em animais como ursos, águias e lobos durante o transe.
Objetivo: Conhecer os mundos invisíveis, curar doenças, prever o futuro e harmonizar o homem com os ciclos da natureza.
Ritual: Entravam em transe com tambores e sons de animais, "viajavam" com a alma sob a forma do animal-guia para buscar respostas.
Xamãs Amazônicos (Shipibo, Ashaninka, Huni Kuin)
Como viviam: Usavam plantas de poder (como a ayahuasca) para entrar em contato com espíritos de animais como onças, cobras, araras ou golfinhos.
Objetivo: Aprender os segredos da floresta e curar tanto o corpo quanto o espírito.
Experiência: Muitos relatam "virar onça" ou "nadar como um peixe" durante a cerimônia — uma fusão simbólica entre humano e animal.
🐺 Povos indígenas norte-americanos (Sioux, Lakota, Navajo)
Como viviam: Tinham "totens" animais, que guiavam sua vida espiritual. Guerreiros e curandeiros buscavam a energia do lobo, do corvo ou do falcão.
Objetivo: Conhecimento, força interior, conexão com os ancestrais e orientação espiritual.
Ritual: Isolamento na natureza em busca de visões (vision quest), onde o animal aparece como um mestre espiritual.
Aborígenes Australianos
Como viviam: Viviam o conceito do Dreamtime, onde humanos, animais e espíritos compartilhavam uma mesma origem. Um homem podia ser crocodilo, canguru ou pássaro em essência.
Objetivo: Manter o equilíbrio do mundo e recontar as histórias da criação.
Prática: Danças rituais e pintura corporal representando o animal de origem espiritual.
Esses povos viviam como se fossem animais não no sentido literal, mas energético e espiritual e alguns usavam adereços para se sentir mais conectados com as energias e alma dos animais. Isso permitia acessar um saber profundo do mundo natural e da alma humana.
Para eles, os animais não eram apenas criaturas: eram espelhos da alma, mestres da natureza e portais entre os mundos.
Hoje: A Identidade Therian
Com o surgimento da internet nos anos 1990, muitas pessoas ao redor do mundo passaram a compartilhar suas experiências de se identificar com animais não no sentido físico, mas como alma, essência ou energia. Nasce o termo Therian, derivado de "therianthropy" (do grego thērion = besta selvagem + anthrōpos = homem).
Um therian sente, desde a infância ou adolescência, uma ligação profunda com determinado animal podendo experimentar “shifts” energéticos, sonhos lúcidos com transformação ou sensação de pertencimento a outro reino natural.
Embora ainda pouco compreendido, o movimento therian moderno é uma continuidade legítima de práticas ancestrais e xamânicas que sempre fizeram parte da jornada espiritual humana.
O que significa ser um Therian?
A therianthropy é uma identidade vivida com intensidade emocional e existencial. Pessoas que se reconhecem como Therians relatam que, em essência, sentem-se como lobos, gatos, aves, raposas, felinos selvagens, cães, entre outros.
Não se trata de acreditar que “são fisicamente” animais, mas sim de carregar essa natureza animal dentro de si, como parte essencial de sua psique.
Elas vivenciam fenômenos chamados:
Mental shifts: momentos em que sua mente adota comportamentos e percepções semelhantes aos do animal com o qual se identificam;
Phantom shifts: sensação tátil ou física de possuir cauda, orelhas ou patas;
Dream shifts: sonhos recorrentes e vívidos em que estão em sua forma animal.
É algo real para quem sente ainda que invisível para quem apenas observa.
Shift Energético (Energetic Shift): É uma mudança interna na frequência vibracional da pessoa, como se sua alma, aura ou campo sutil se alinhasse momentaneamente à essência espiritual de um animal.
Durante esse shift, o Therian pode sentir:
Sensações corporais sutis (como se tivesse orelhas, garras ou cauda);
Mudança de percepção — visão, audição, comportamento ou instinto se aproximam do animal com o qual se identifica;
Variações de humor e atitude (mais territorial, curioso, silencioso, ágil…);
Uma energia intensa ligada à natureza, como se o “animal interior” despertasse.
Comparações espirituais - Na visão espiritualista, é semelhante a:
Um estado xamânico de fusão com o espírito do animal;
Um arquétipo animal se manifestando através da consciência;
Uma incorporação simbólica, mas intensa, de uma forma totêmica.
Vínculo com Totens (Totemic Bond): O totem animal é uma energia espiritual, símbolo arquetípico ou guia que acompanha a pessoa ao longo da vida. No universo Therian, esse vínculo vai além da simbologia: o totem representa a própria essência interior da pessoa.
Para Therians:
O totem não é apenas um guia externo — é uma manifestação da alma;
É a “forma verdadeira” no nível energético, intuitivo ou espiritual;
O animal-totem pode ser constante (um só) ou mudar ao longo da vida, revelando diferentes fases de evolução pessoal.
Como se manifesta?
Sonhos lúcidos ou repetitivos com o animal;
Sensações de familiaridade profunda com aquele ser desde a infância;
Atração natural por ambientes, comportamentos ou estéticas ligadas ao animal;
Uso de acessórios (máscaras, peles, pingentes, tatuagens) não como fantasia, mas como conexão vibracional com o totem.
Mental Shift: Mudança momentânea no estado de consciência, onde a pessoa “pensa como” o animal: reage, interpreta e percebe o mundo sob aquela ótica instintiva.
Phantom Shift: Sensações físicas sutis (não visíveis) de possuir membros ou características do animal — como cauda, orelhas ou asas. É como uma “memória energética” impressa no corpo espiritual.
Dream Shift: Sonhos vívidos em que o Therian se vê como sua forma animal. Pode acontecer de maneira recorrente ou como “viagens” espirituais durante o sono.
Um movimento global que cresce (inclusive no Brasil)
O movimento therian teve seus primeiros registros na internet ainda nos anos 1990, mas ganhou força nas últimas décadas com o apoio das comunidades online. Fóruns, subreddits, páginas do TikTok e grupos de apoio reuniram essas vozes antes dispersas e agora, muitos estão encontrando acolhimento.
Inclusive no Brasil. Jovens e adultos publicam vídeos de “quad running” (corrida em quatro patas), uso de máscaras com estética animal, expressões corporais inspiradas em suas espécies e relatos sobre sua jornada de autoconhecimento.
Um movimento que une identidade, espiritualidade e comportamento.
Therianthropy é um transtorno?
Não. A therianthropy não é considerada uma doença mental ou transtorno psicológico. Ela não está listada no DSM-5, manual internacional de diagnósticos em saúde mental. Profissionais da psicologia explicam que, em si, essa identidade não representa risco a não ser que traga sofrimento significativo ou isolamento social extremo, o que pode ocorrer em qualquer grupo marginalizado.
Na verdade, muitos Therians relatam melhora no bem-estar emocional depois que passam a se aceitar e encontrar comunidades que os entendem.
O que diz a ciência?
Pesquisas acadêmicas e dados do projeto FurScience apontam que entre 7% a 17% dos participantes da comunidade furry se identificam como Therians. Na população em geral, estimativas informais apontam de 5% a 20% em ambientes virtuais.
Alguns estudos observam correlações com características do espectro autista ou traços de personalidade esquizotípica, mas sem qualquer conclusão que patologize o fenômeno. O importante é: a identidade Therian não exige correção, mas sim compreensão.
“Eu sou um lobo por dentro” e está tudo bem
Em um mundo que explora tantos tipos de identidade de gênero, espiritualidade, raça e expressão pessoal por que não considerar também as conexões interespécies como parte desse amplo espectro humano?
Pessoas Therian não estão brincando. Estão vivendo, sentindo, buscando significado. E, muitas vezes, sofrendo com o preconceito, a incompreensão ou o rótulo de “bizarrice”.
O que para uns pode parecer apenas “um modismo estranho”, para outros é um grito de pertencimento, um pedido silencioso de respeito.
Como acolher?
Evite piadas ou julgamentos.
Escute com empatia e sem pressa.
Respeite os limites da vivência alheia.
Se você for um profissional de saúde, acolha a identidade e explore os aspectos subjetivos com ética.
Um mundo que muitas vezes esquece seus ciclos naturais, algumas almas nascem com a memória viva da floresta, do instinto, da terra. São pessoas que não apenas amam os animais, mas que se reconhecem como eles em essência.
São os Therians seres humanos que carregam dentro de si o espírito de uma espécie animal, como um sussurro ancestral que pulsa no sangue e ecoa no silêncio da alma.
O Chamado Totêmico: Mais que Identidade, uma Presença Viva
Para muitos Therians, essa conexão com um animal não é apenas psicológica ou emocional é energética e espiritual. É como se o arquétipo daquele animal vivesse dentro deles. Essa forma animal interior não é vista como uma fantasia, mas como uma presença viva, um totem pessoal, uma força-guia.
Na espiritualidade ancestral, os totens animais são energias sagradas que acompanham o ser humano em sua jornada terrena. Os nativos norte-americanos, os xamãs da Sibéria, os povos africanos e amazônicos reconheciam nos animais espelhos da alma e guardiões espirituais. Para o Therian, essa força totem é mais do que um guia externo: é parte do seu próprio ser.
Um therian de lobo pode sentir o chamado da alcateia, o impulso de proteger e o instinto territorial.
Um therian de felino sente a independência, a agilidade e a observação silenciosa como estados naturais.
Um therian de coruja pode se identificar com a noite, a sabedoria e o silêncio contemplativo.
Não se trata de "achar que é" um animal.
Trata-se de ser, por dentro, aquilo que o mundo natural já reconhece:
Um fragmento sagrado do espírito da Terra.
Energia da Natureza: Quando o Corpo Humano Guarda o Espírito Selvagem
A experiência therian muitas vezes envolve o que se chama de shifts energéticos momentos em que a energia da pessoa se alinha de forma intensa à sua forma animal. É como se a alma se expandisse e assumisse temporariamente o padrão vibracional daquele animal. Isso pode ocorrer:
Durante rituais de meditação na natureza;
Ao observar a lua cheia, o fogo ou os ventos da noite;
Em estados alterados de consciência;
Em sonhos vívidos ou projeções espirituais.
Alguns relatam sensações físicas (phantom limbs) de ter orelhas, cauda ou garras não como alucinação, mas como uma memória energética do corpo espiritual. Outros falam de um "olhar interior" que muda, como se vissem o mundo por outros olhos.
Isso é muito semelhante ao que antigos xamãs chamavam de transmutação espiritual ou encantamento animal, estados em que o ser humano se funde com o arquétipo da criatura da floresta, do ar ou do mar.
Therian como Caminho de Cura e Reconexão
Num mundo urbano, mecânico e muitas vezes desconectado da essência natural, a vivência therian pode ser uma forma poderosa de reconexão com o sagrado da Terra. Ela resgata o instinto, a sabedoria instintiva que foi reprimida, o chamado dos ventos, dos rios e das montanhas.
Para muitos Therians, assumir essa identidade não é um ato de fuga da realidade é um retorno à verdade interior, um reencontro com o que foram em vidas passadas, em linhagens espirituais, ou no campo simbólico da psique ancestral.
É comum que Therians sejam sensíveis à energia dos animais, à Lua, às pedras, às árvores. Muitos desenvolvem práticas como:
Rituais com o animal-totem;
Caminhadas meditativas em matas;
Danças arquetípicas para liberar a energia da forma animal;
Trabalhos com guias espirituais animais e xamanismo.
Respeito, Consciência e Caminho Sagrado
A vivência therian exige respeito tanto por quem sente essa verdade, quanto por quem observa de fora. Não se trata de querer "virar um animal", mas de honrar a parte animal que habita o humano e a parte humana que ainda pode ouvir a natureza.
O mundo moderno está faminto por espiritualidade com raízes. E os Therians, com sua sensibilidade ancestral, podem ser ponte entre o mundo humano e o reino natural.
São como druídas da nova era, xamãs do inconsciente coletivo, guardiões da floresta interior.
Talvez o mundo precise de mais humanidade e menos julgamento
A identidade Therian nos convida a refletir sobre nossa própria natureza. Quem somos? O que nos conecta com os animais? Com os ciclos da vida selvagem, com os instintos, com a liberdade?
Todos carregamos dentro de nós algum instinto que a sociedade tentou silenciar. Para os Therians, esse instinto não é um vestígio — é um pulsar vivo. Ao compreender essa vivência, nos aproximamos de algo que esquecemos: que não somos separados da natureza. Somos filhos dela.
Talvez, no fundo, todos sejamos um pouco Therian apenas perdemos o caminho de volta à floresta da alma.
Conexão com a Natureza: Therians muitas vezes relatam uma forte conexão com elementos naturais: lua, florestas, vento, rios, rochas. Muitos sentem que sua alma pertence ao reino selvagem — como se seu corpo humano fosse apenas uma das formas possíveis de viver neste mundo.
Essa experiência é descrita com respeito, profundidade espiritual e muitas vezes silêncio sagrado, como se estivessem recordando algo ancestral.
Para os Therians, termos como shift energético e totem não são metáforas. São parte da sua vivência profunda de alma. Essa linguagem energética e espiritual aproxima a identidade therian do xamanismo, animismo, mitologia arquetípica e sabedorias ancestrais.
Nunca tinha lido ou visto sobre essas perspectivas, confesso que cheguei a pensar em aberrações, mas o que mais uma vez seus posts provam, é que é preciso ter respeito, pois existem muitos ângulos de único assunto.
É por isso que sou sua fã, e sigo e compartilho seu site, por que mostra outros ângulos de muita coisa, mas sempre com RESPEITO.
Obrigada por abrir minha mente, e me permitir RESPEITAR até em pensamento, o que são diferentes de mim.