Sarah Baartman: A triste história de uma mulher vendida aos circo como atração, por causa do racismo, do mundo.
- Thais Riotto
- 3 de out. de 2024
- 3 min de leitura

Breve História:
Nascida na Província Oriental do Cabo da África do Sul, no ano de 1789. Sua mãe faleceu quando ela tinha 02 anos e seu pai, faleceu em sua adolescência.
Na Cidade do Cabo trabalhava como empregada doméstica, tinha um marido e um filho ainda recém-nascido, quando um homem, um colono holandês, matou o bebê e seu marido.
Ano de 1810: Outubro
Apesar de não saber ler e escrever, assinou um contrato com o cirurgião inglês William Dunlop e o empresário Hendrik Cesars, quem organizou o encontro foi sua patroa, a promessa viajar para a Inglaterra para atuar com espetáculos.
A verdade sobre o Espetáculo:
Não era um show humano, era um circo conhecido como Freak’s Shows, da forma mais popular um circo dos horrores. O local era o Piccadilly Circus, em Londres.
De forma absurda, atualmente, era no passado além de lucrativo para os donos, era uma diversão para o público.
Freak's Shows: Mais informações, aqui no blog:
Sarah Baartman:
Um mulher africana, nádega grandes, de cor africana, e tinha seus órgãos sexuais que ficam em destaque na roupa justa que usava no show, com essa intenção, de destacar todas as partes do corpo para o público ver, e fumaça um cachimbo, um detalhe simbólico que representava a África.
Sua aparência, fazia com que clientes com mais poder financeiro, tinham seções privadas em suas casas, com ela, e podiam toca-la, e a mesma não podia se defender, já que estava sempre acompanhada do Dono do Show.
Ano de 1814:
O show foi muito além de Londres, fazia turnê por toda Grã-Bretanha, Irlanda e outros países. O dinheiro e a vida social de seu empresário, Cesars, faz com ele ganhe destaque. Mas Sarah já não era tão importante, quando o mesmo começa a achar outras “atrações”, pessoas diferentes, mas que ainda assim era atrações.
Alguns meses depois. Cesars volta para a África do Sul, e Sarah foi vendida para Reaux, um "exibidor de animais", que bebia e fumava constantemente, e Sarah fui usada como prostituta.
Não há registros histórico que datam quando ela conseguiu se afastar dele. E infelizmente apesar de alguns registros, sem fundamento, que retratam que ela aceitou conversar com alguns cientistas que acreditavam que seu corpo exuberante seria devido a alguma doença, ela nunca deixou ser tocada por eles.
Ano de 1815: Morte
Morreu jovem, aos 26 anos. Dia 29 de dezembro do ano de 1815.
A alma estava livre de tudo o que viveu, mas seu corpo ainda continuaria de forma grotesca, a pertencer a um show, no museu de Paris.
Museu de Paris – Até o Ano de 1974:
Seu cérebro, esqueletos e órgãos sexuais continuaram sendo exibidos ao público até o ano de 1974.
Ano de 2002:
Os seus restos mortais, só retornaram à África no ano de 2002, após a França concordar com um pedido de Nelson Mandela.
A causa da morte, foi descrita como sendo uma doença inflamatória e eruptiva, questionada que poderia ter ocorrido como resultado de uma pneumonia. Boatos descrevem sobre sífilis ou alcoolismo, mas não há comprovação.
Agosto de 2002:
Já na África, seus restos mortais foram enterrados onde ela nasceu.
Ano de 2010:
Um documentário chamado Black Vênus conta a história e a trajetória de Sarah.
Ano de 2014:
A revista Paper, teve em sua capa a celebridade americana Kim Kardashian, mostrando seu corpo sensual com um copo de champanhe sobre suas nádegas avantajadas.
Críticos entraram em descordo sobre a foto, como sendo uma homenagem a Sarah ou apenas mais uma forma de humilha-la.
A verdade acima de toda essa história, é que o racismo, ainda é cruel, e que por mais homenagens feitas a ela, com a perspectiva de mostrar os horrores que ela viveu, foi uma história de vida, de uma mulher que vivenciou a dor de uma sociedade e do mundo, apenas porque era diferente, peculiar. Uma história que não se pode apagada. E que continua costurada pelos caminhos do mundo, do qual nós vivemos.
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