Copos Quebram Sozinhos e Vultos Aparecem: O Mistério da Gameleira de Rio Branco
- Thais Riotto
- há 14 horas
- 2 min de leitura
Localização: Rua Cunha Matos, bairro 6 de Agosto – Rio Branco/AC
No coração de Rio Branco, onde o tempo parece ondular entre o real e o invisível, repousa uma árvore que testemunhou o nascimento da cidade – e talvez, muito mais do que isso.

A imponente Gameleira da Rua Cunha Matos não é apenas uma árvore centenária.
Que árvore é essa?
Gameleira é uma árvore nativa do Brasil e é um gigante majestoso, própria para decoração devido à sua beleza. A planta necessita de espaço pela sua magnitude, podendo chegar de 20m a 30m de altura com 2m de diâmetro de tronco. A mata-pau (como também é conhecida) tem raízes fortes e aparentes que podem quebrar passeios e muros. Seu apelido mata-pau vem da sua facilidade em brotar suas sementes mesmo em árvores vivas, alojando-se em um tronco qualquer. À medida que cresce, ela envolve a planta que serviu de abrigo para sua semente e a mata. Sua madeira é utilizada para a confecção de utensílios diversos, entre eles a gamela que dá origem ao seu nome.
(Texto em cópia do site oficial da Universidade Federal Fluminense, texto de Douglas Mota/2023)
Ela é o marco onde, em 1882, o desbravador Neutel Maia acampou e fundou o primeiro seringal da região. Ao seu redor, a cidade cresceu. Mas sob suas raízes, segundo moradores e visitantes, algo antigo jamais deixou de pulsar.
Durante o dia, ela parece apenas uma árvore histórica. Mas ao cair da noite, a atmosfera se transforma.
Relatos de vultos que atravessam o calçadão, sons inexplicáveis e até copos que se quebram sozinhos em bares próximos reforçam a fama sombria da Gameleira.
Dizem que quem se aproxima em silêncio escuta sussurros, como se vozes do passado ainda discutissem os destinos de uma cidade nascida à beira do desconhecido.
Há quem diga que espíritos de seringueiros, vítimas do ciclo da borracha, ainda rondam o local, vigiando a árvore que selou seus destinos. Outros acreditam que a gameleira é um ponto de energia, um portal que guarda memórias ancestrais e assombrações que se revelam apenas aos mais sensíveis.
A árvore é viva. Não apenas biologicamente, mas espiritualmente. E sua presença impõe respeito até aos mais céticos.
Dica para os corajosos
Visite o calçadão da Gameleira ao entardecer. Leve uma câmera, fique em silêncio por alguns minutos. E então... observe.
Sinta. Mas esteja avisado: você pode levar algo invisível com você ao partir.
Atrativos próximos:
Mercado Velho,
Passarela Joaquim Macedo,
Margens do Rio Acre.
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